Território Acadêmico

EXPEDIENTE

2024-04-15

EDITORIAL

2024-04-15

Laudato Si’: a relação da igreja com o “cuidado da casa comum”, à luz de uma teologia da criação

Ailton Martins Evangelista — 2024-04-15

No presente momento da história, a Igreja Católica, por meio de seu magistério com base na Doutrina Social da Igreja, tem tratado sobre o tema da ecologia, buscando trazer luzes para a compreensão de tal tema, que é encarado como algo de fronteira entre a teologia e áreas ligadas à ecologia. As questões ecológicas são apresentadas como urgentes, devido à gravidade e aos efeitos nocivos que podem ser notados, na atualidade, em toda a parte do globo. O presente artigo científico se propõe a colocar em diálogo duas grandes áreas de estudo, a teologia e a ecologia, mostrando o surgimento de uma ecoteologia já presente na caminhada eclesial. A Carta encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco é colocada como foco de inspiração e consulta para a elaboração deste trabalho e será uma bússola para toda a argumentação. A construção do presente artigo se dá em três capítulos e conta com a metodologia do “ver, julgar e agir”. O leitor poderá aprofundar nos objetivos propostos, numa compreensão acerca de cuidado com a criação e assumir, em seu cotidiano, uma responsabilidade ecológica, em vista do bem comum. A motivação para a elaboração do trabalho que se seguirá é um intuito de favorecer ao leitor uma sensibilidade e conscientização para os temas ligados à preservação e cuidado com toda a criação, tendo como base os valores cristãos, que evidenciam a relação consistente entre ter uma fé no transcendente e um zelo pela criação dada por Deus, sendo traduzida em uma vida marcada por uma sobriedade feliz e pela vivência de uma ecologia integral.

A possibilidade de um diálogo ecumênico sobre maria: aproximações das tradições cristãs em torno da figura da Mãe do Senhor

Danilo Cardoso Fuzatto — 2024-04-15

A Mariologia deu passos significativos nos últimos tempos. O impulso ao diálogo ecumênico, gerado pelo Concílio Vaticano II, incentivou um acesso às riquezas das tradições cristãs separadas do Ocidente. A pessoa da Virgem Maria, desta forma, pode ser compreendida, não obstante às divergências, a partir de elementos comuns entre os cristãos cujas formas de crer e celebrar se diferem. Sendo assim, este artigo deseja contribuir com algumas aproximações teológicas sobre Maria, as quais se desdobram na comunidade orante que crê e a considera como personagem intrinsecamente ligada ao Salvador. Para tanto, o presente artigo, através de uma pesquisa de cunho exploratório bibliográfico, procura aproximar o leitor de um possível diálogo ecumênico em torno da Mãe do Senhor.

A liberdade no projeto teológico homem: reflexão bíblico-teológica sobre a liberdade humana

Elizeu Resende Silva — 2024-04-15

A liberdade é um dom de Deus que foi concedido ao homem desde a sua criação. Ela, assim, tem um fundamento teológico-antropológico: Deus, livremente, cria o ser humano e concede-lhe a liberdade. Em Jesus, encontra-se o arquétipo da verdadeira liberdade: Jesus revela-nos e nos ensina o caminho para ser livre. Seguir Jesus, por conseguinte, tem exigências próprias (cf. Mt 16,24-28) e nos conduz à liberdade, pois confiamos e aderimos à vontade de Deus. Logo, o ser livre transforma o modo como nos relacionamos com o outro, com o mundo e com Deus. Pela e na liberdade, o homem é chamado à responsabilidade e ao compromisso diante do dom do Criador e a estabelecer novas relações, como podemos ver na parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37). Além disto, a compreensão da pessoa como ser uno e integral, a formação da consciência de ser livre, a opção fundamental pelo Bem são abordagens fundamentais para pensar a liberdade humana.

As bem-aventuranças como paradigma para o discipulado: uma leitura dos macarismos na literatura judaico-cristã, do evangelho de Mateus (Mt 5,1–12)

José Carlos de Oliveira — 2024-04-15

As bem-aventuranças do evangelho de Mateus (Mt 5,1–12) constituem um itinerário para a formação discipular. O presente trabalho utilizou das ferramentas da exegese contemporânea para contextualizar os macarismos, segundo a tradição judaica, e os principais termos utilizados pelo hagiógrafo, por exemplo: pobres, mansos, aflitos, fome e sede de justiça, misericórdia, puros, paz e perseguição. Aliás, buscou-se compreender a concepção das bem-aventuranças no texto grego e o seu gênero literal. Por fim, atualizou-se as temáticas, por meio da Constituição Dogmática Dei Verbum e da Lumen Gentium para fomentar o itinerário ao discipulado. Isto porque o roteiro apresentado no Evagenlho mateano é um caminho de santificação e discipulado de acordo com o estado de vida de cada vocação.

A preparação da Ceia Pascal no evangelho segundo São Marcos

Matheus Camilo de Oliveira — 2024-04-15

O culto divino à Sagrada Eucaristia está situado no centro da missão da Igreja, por causa da sua proximidade fundamental com o Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo, fonte de nossa redenção. Por esse motivo, compreendemos que é imprescindível que, para uma correta apreciação e preparação da celebração eucarística, haja uma compreensão adequada do material evangélico original que a fundamenta. Assim, o presente artigo realiza uma análise contextual, exegética e teológica sobre a perícope do Evangelho de Marcos que retrata a preparação da Última Ceia, incluindo, para tanto, uma comparação sinótica dos Evangelhos e uma abordagem detalhada a cada versículo do texto estudado.